Casamento não é uma festa de moda, na qual dá para inventar muito. Tem de seguir a etiqueta do convite. Vestir-se adequadamente mostra respeito pelo casal”, diz João Camargo, da Camargo Alfaiataria, que conta, entre sua clientela, com artistas globais e jogadores de futebol. “Ao sugerir um traje no convite, os noivos avisam o tom que desejam para sua festa”, explica.
A questão é que as festas podem variar do traje a rigor a um luau na praia. O estilista Ricardo Almeida, que já perdeu a conta de quantos noivos vestiu, acumula até um traje composto de calça de couro e
camisa de seda. Mas, excentricidades à parte, as roupas mais utilizadas por noivos, parentes e padrinhos são mesmo costumes e ternos pretos.
O tradicional alfaiate paulistano Vincenzo Severo, há 60 anos na ativa, é enfático: “Se o casamento acontecer à noite, o noivo precisa usar costume ou terno de cor escura”. A regra vale também para parentes e padrinhos, que devem seguir a cor do noivo. “Há opções interessantes, como cinza-chumbo, azul-marinho e risca de giz, caso prefiram fugir do preto”, diz. Para garantir a elegância, o ideal é apostar em um corte sob medida e em tecidos de qualidade. “Quem fica no altar costuma suar muito. Fibras naturais, como lã fria ou casimira, ajudam”, diz Severo. Para o noivo, camisa branca e abotoaduras, que completam o visual.
Se a cerimônia for durante o dia, na praia ou no campo, a proposta é mais informal: calça e blazer em tons claros. “Os convidados podem até usar calça de sarja e mocassim sem meia”, sugere Camargo. O noivo também tem mais liberdade. “Fiz um traje com colete e calça bege, camisa branca, sem paletó. Ele colocou um chapéu-panamá. Tinha muito estilo”, lembra. Só uma regra é intransponível: “Branco completo apenas para a noiva. É ela quem deve brilhar”.
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