quarta-feira, 5 de outubro de 2011

O BIGODE NA MODA

deixar o bigode é legal



A revista britânica Front e o site WGSN, que apontam tendências da moda, baixaram a guarda e admitiram: ter bigode é legal. E eles não estão falando do seu tio, do policial rodoviário, do Manrico ou do Clark Ga- ble. A onda que avança timidamente pelas ruas diz respeito aos jovens. O bigode começou a recuperar sua força quando algumas celebridades resolveram tirá-lo do formol. Caras como Brad Pitt e Robert Downey Jr. passaram a desfilar seus bigodes sem pudores pelas calçadas de Hollywood, o que contribuiu para que os editores de moda mundo afora reavaliassem seu potencial fashion. “Esse revival dos pelos faciais começou nos anos 90, com o retorno do cavanhaque”, diz Allan Peterkin, professor de psicologia da Universidade de Toronto, no Canadá, e autor de One Thousand Beards – A Cultural History of Facial Hair (“Mil barbas – Uma história cultural do pelo facial”, inédito no Brasil). “Desde então, qualquer variação de barba/ bigode/ barbinha rala pode ser vista nos rostos de homens de todas as idades, todas as etnias e todas as profissões.”

ESCOLHA SEU ESTILO
(Consiga ter um visual bacana com as dicas do barbeiro Tiago Cecco, da barbearia Nove de julho)



Brad Pitt
É mais sutil, pouco volumoso, quase não aparece, mas é o que mais está sendo usado. Precisa aparar bastante para manter os fios curtos. A dica é raspar um pouco os pelos entre as narinas e o bigode, dando um formato de arco.

Magnum
É mais volumoso e deve ser aparado com uma tesourinha apenas quando estiver ultrapassando o limite do lábio e entrando na boca. É um bigode sério, mas meio largadão.

Dalí
É preciso cultivar as madeixas faciais por um tempo, ir aparando com uma tesourinha a parte central do bigode e deixar as extremidades livres para crescer. Quando elas chegarem na bochecha, é só molhar e passar um pente fino para enrolar.

Chaplin
A dica é aparar bem as extremidades, com gilete, e atentar para a simetria. E, claro, tomar cuidado na rua, pois você pode ser confundido não com o gênio do cinema, mas com o ditador Adolf Hitler.

DIÁRIO DE UM BIGODINHO
(Nosso repórter anotou as reações das pessoas durante 12 dias com o novo visual)



19/3: raspei aquilo que chamo de barba e deixei um Magnum aparadinho. Tentei convencer um amigo a fazer o mesmo, mas a patroa dele não permitiu.

20/3: nove passos na Rua Frei Caneca e um rapaz de camisa baby look já mirou meu bigode e torceu o pescoço ao cruzarmos o caminho. E disse: “Olá”.

21/3: na fila do caixa do supermercado, atrás de um casal de namorados, a moça, uma morena de cabelo castanho meio cacheado, olhou para minha direção e sorriu maliciosamente. Cocei o bigode. O namorado me olhou e desatou a rir. Suspeito que zombavam de mim.
22/3: o zelador do prédio, adepto do bigodinho, fez um sinal de positivo.

23/3: “O que você está pensando da vida, hein, bigodinho?”, alfinetou minha namorada quando eu disse que filhos não estavam nos meus planos.

28/3: estava fazendo uma reportagem sobre filme pornô quando um ator bem-dotado me disse: “Nem esse bigodinho malandro te deu cara de homem, de macho, entende?”.

29/3: na Rua Augusta, três loiras, já passadas dos 30, assoviaram no momento que passei por elas ajeitando o bigode com a ponta dos dedos, às 23h.

30/3: “Esse bigode ficou bem em você. É elegante, bonito, dá um ar de seriedade, mas, ao mesmo tempo, é descolado”, disse uma colega minha, que trabalha com moda. E, claro, que entende muito disso.

Tags: bigode, Brad Pitt, Chaplin, moda

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